sábado, 7 de junho de 2008

QUAL É A COR DO TEU SORRISO?

espectáculo de poesia com música ao vivo, para a infância, em que dois personagens conversam e brincam a partir de poemas. Toda a estrutura cénica se baseia no jogo da acção (lúdica, clownesca) e da palavra (nas suas vertentes de imagem/conteúdo e som), sem estar assente sobre um enredo dramático convencional. Durante o espectáculo, o público é convidado a participar, marcando ritmos (com as palmas das mãos, com as pontas dos dedos, com estalinhos de língua, com batidas dos pés) e repetindo refrões, permitindo uma interacção comunicativa mais acentuada. “Qual é hoje a cor do teu sorriso?”, “E agora, qual é a cor do teu sorriso?” são perguntas do diálogo entre os personagens, recorrentes durante o espectáculo, que têm como resposta a temática do(s) poema(s) que se segue(m), como se o “mar”, os “segredos”, os “pássaros das árvores” fossem “estados de alma”. Assim, podemos dizer que este espectáculo é uma metáfora construída em forma de jogo lúdico. Cada poema é um“coelho”de onde tiramos “cartolas”.
Mais do que divulgar poetas e poemas, interessa-nos promover o olhar poético, a surpresa sonora, a alegria das imagens poéticas, o despertar para a metáfora, para o canto, para o ritmo, para o som, para a rima da língua portuguesa. Promover e sensibilizar para o universo da poesia.
8 de junho em Seia

O MERCADOR DE CARÍCIAS NA SERRA DA ESTRELA


Triste com o mundo e cansado da indiferença que lhe dão e ao ‘produto’ que vende (beijinhos e abraços, festinhas e miminhos), um ‘velho’ Mercador de Carícias vai visitar-vos, com o seu acordeão e uma velha mala, e convosco tentar mudar a vida das pessoas.
Era uma vez um dia em que os Monstros voltaram…
A partir desse dia os devoradores de crianças passaram a mandar no mundo…
E, durante todo esse tempo, o Mercador de Carícias vê o seu negócio ir por água abaixo.
Já ninguém lhe compra nada, ninguém ousa fazer uma festinha a ninguém por muito pequenina que seja…
O Mercador lembra-se então de usar marionetas e uma máscara, novos personagens que faz surgir no palco, teatro dentro do teatro para representar o perigo nos ameaça, para mostrar o que se está a passar.
Ele alerta as crianças e diz aos pais: “Atenção! Sem miminhos em breve estareis todos doentes! Comprai-me carícias para afastar os monstros que invadiram as cidades e fazem com que vocês, os adultos, tenham cada vez menos tempo para ESTAR com os vossos filhos”.
Então as pessoas pedem-lhe que volte, primeiro timidamente depois cada vez com mais firmeza… O medo dos Monstros diminui e a vida reconcilia-se com o gosto terno das carícias, das festinhas e dos xi-corações.

José Geraldo
7 de junho de 2008

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Serafim em Julho

A Camaleão tem tido o prazer de promover as QUINTAS DE CONTOS - espaço mensal de narração oral. Desde há seis anos, já abrigou grandes vozes deste universo. Tem contado com companheiros de percurso que se disponibilizam para manter vivo e dinâmico este projecto.

Uma noite com Jorge Serafim, na primeira quinta feira de Julho, no Ateneu de Coimbra.

Poeta contador de histórias, é natural de Beja e exerceu funções na Biblioteca Municipal onde reforçou e refinou o gosto pela leitura e pela escrita, nos seus mais variados registos. Da poesia ao humor passando pela música, este autodidacta é conhecido do público pelas várias participações no programa “Levanta-te e Ri”, onde deu a conhecer um humor incomparável transmitido através de uma linguagem marcadamente popular.

Recentemente, lançou o livro de poesia “A sul de ti” e dedica-se a contar histórias pelo país e pelo mundo associando esta arte à promoção do livro e da leitura. Decidido a manter tradição, este jovem alentejano aposta no estilo antigo, de uma forma intimista e pessoal, para que assim se possa tirar todo o partido da magia dos contos. Dono de uma linguagem corporal e de uma dinâmica ímpares, Serafim consegue envolver o público que o rodeia pois se quem conta um conto acrescenta um ponto, Jorge Serafim acrescenta dois ou três.

In Biblioteca Municipal de Sesimbra

26-03-2008


Noite de 5 de junho de 2008 no Centro Cultural Dom Dinis em Coimbra.